Monday, October 23, 2006

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Último andar
“No último andar é mais bonito: do último andar se vê o mar. É lá que eu quero morar...�. Quem não se lembra dessa poesia em algum teste ou atividade de português ao longo da vida? Só eu já tive uns 3... mas essa poesia está nos testes porque merece. Diz muita coisa mesmo. E eu entendo, hoje eu entendo.Eu já morei no último andar. Era um pouco como o da poesia. Era o único com vista pro mar (um pedacinho só de mar, mas tudo bem). De lá se via o mundo inteiro que eu conhecia, o condomínio todo, pelo menos. E de vez em quando meu pai encontrava uns passarinhos fazendo ninho no telhado. O chato eram as escadas, ninguém merece subir e descer 3 andares todo santo dia... mas no fundo eu gostava, era bom. Era fresquinho, o vento batia na gente de leve, sabe, aquela brisa gostosa. Tenho saudade daquele apê, apesar de reclamar o tempo todo das escadas. É aquela velha história, a gente nunca se contenta com o que tem. E hoje eu dava tudo pra morar no último andar. Ainda mais se fosse esse meu último andar... eu explico.
É meio esquisito morar em um prédio em construção. Ainda mais quando seu pai divide o tempo todo que está em casa entre cuidar da obra e tocar piano... é, a gente tem um piano, adivinha onde... no último andar. É o andar da bagunça. É o meu favorito. É pra onde foram os entulhos e as lembranças, que não cabiam no apartamento novo,o primeiro andar, onde eu moro hoje.
Acho que eu tenho uma quedinha por esses quartos bagunçados e cheios de histórias. Na outra casa onde eu morei tinha um quartinho assim. Era no meio da escada, tinha o assoalho de madeira ainda, bem antigo, e era o meu refúgio pras horas tristes, era onde eu ficava, vendo como a vida era alguns anos antes. Fotos, quadros, brinquedos quebrados, toneladas de plástico, papel, poeira e memórias.
Pois é, o lugar da bagunça e dos sonhos hoje pra mim é o último andar. É lá que meu pai passa a maior parte do tempo. É lá que eu quero morar. Sério, a casa “de verdade� da gente vai ser lá, quando tiver dinheiro sobrando pra terminar. Não tem portas nem janelas, nem piso, é a "casa muito engraçada" da música, uma construção ainda. E pra lá foram caixas e mais caixas de livros, álbuns, cartões, bibelôs de 10 anos atrás que não conseguiram espaço na nossa vida nova e arrumada, vazia de lembranças. E quando eu subo lá (ainda são três andares, mas a escada é bem mais leve) vejo o que um dia vai ser a sala de estar, a sala de

Wednesday, March 08, 2006

lalala

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